sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Conselheiro do Crea-ES lança livro sobre Engenharia de Avaliação

Vitória, 22 de outubro de 2010

A programação em comemoração aos 50 anos do Crea-ES contou com mais um evento na noite desta quinta-feira, 21/10, na Livraria Logos, em Bento Ferreira, Vitória-ES, quando foi realizado o lançamento do livro "Avaliação de Bens  Princípios Básicos e Aplicações", de autoria do engenheiro civil e conselheiro do Crea-ES Radegaz Nasser Júnior.

A noite de autógrafos foi prestigiada por autoridades profissionais e políticas. "O lançamento desta obra é um orgulho para os profissionais da engenharia do Espírito Santo e do país. É uma honra poder integrar este lançamento com as comemorações do Jubileu de Ouro do Crea-ES comemorado este ano. O livro é importante para os profissionais que já atuam no mercado de avaliação e também para os futuros profissionais da área", elogiou o presidente do Crea-ES, Luis Fiorotti.

O vereador de Vitória Esmael de Almeida também apontou a importância da iniciativa. "O Engenheiro Radegaz é reconhecido nacional e internacionalmente por sua contribuição à engenharia de avaliações. Tenho certeza que as informações atualizadas contidas nesta obra serão de grande ajuda para os estudantes", acredita.

Na introdução do livro, Radegaz explica que o objetivo foi juntar o que existe de princípios básicos em avaliação de bens. "Não apresentamos uma receita de bolo, e sim conceitos e dados para que possamos nos aprofundar neste vasto campo, que é o de avaliação de bens. Procuramos fazer uma apresentação a mais prática possível, evitando-se prolixidade nos assuntos e apresentando bibliografia que entendemos ser útil para aprimoramentos dos estudos. O texto foi modelado para atender às necessidades de diversas áreas, apresentados de maneira gradual, para facilitar o aprendizado e motivar o leitor", explica o autor.
Sobre o autor

Formado em Engenheira Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Radegaz Nasser Júnior é também Engenheiro de Segurança pelo convênio Fundacentro/Ufes, Máster Universitário Internacional em Ingeniería de la Tasación y Valoración pela Universidad Politécnica de Valencia - Espanha. Professor em diversos cursos de extensão em Avaliação de Bens, Professor em Cursos de Pós graduação em Avaliação de Imóveis Urbanos, Professor em curso de especialização na Fundec - Fundação de Engenharia Civil do IST - Instituto Superior Técnico de Lisboa - Portugal.

Construtoras temem apagão de mão de obra

As construtoras venderam R$ 22 bilhões em imóveis em 2008, R$ 26 bilhões no ano passado e já anunciaram planos ambiciosos para este ano: as maiores falam de expansão entre 30% e 50%. Quase todas essas obras já começaram a ser erguidas ou estão perto de sair do papel. A dúvida é se haverá braços para atender tamanha demanda. Os mais alarmistas já temem um apagão de mão de obra. Está difícil contratar profissionais qualificados e com experiência.

Em diferentes proporções e diferentes segmentos, a percepção é a mesma. "O problema não é a quantidade, mas a qualidade", diz Rodrigo Pádua, diretor de RH da Gafisa. "Servente, que é o primeiro escalão, é fácil contratar, mas mão de obra boa, que consegue entregar produtividade já está muito complicado, especialmente em São Paulo", diz Daniel Amaral, diretor financeiro da Direcional. A empresa, que atua na baixa renda, resolveu efetivar todos os funcionários antes terceirizados, criou um plano de carreira e instituiu até remuneração variável para o pessoal de obra.

Segundo o Sinduscon, 40% dos que trabalham em obras são serventes e 60%, qualificados. As empresas acreditam que o Bolsa Família e o próprio aquecimento do mercado nordestino provocaram a redução das migrações do Nordeste.

Para ter gente suficiente e bem treinada, as empresas adotam as mais diferentes estratégias. Na maioria das construtoras, os canteiros viraram escolas. Entre um tijolo e outro, os funcionários fazem uma pausa para participar de cursos de capacitação ou mesmo alfabetização. A corrida por estagiários de engenharia civil e os programas de trainee também se tornaram comuns no setor.

A Gafisa efetivou 103 engenheiros no ano passado, um recorde para a empresa, e este ano está com 450 estudantes na companhia. A MRV, que este ano vai construir 40 mil unidades, investe em um programa de trainee e contratou 5 mil novos funcionários apenas para os canteiros desde janeiro. Já conta com 18,5 mil trabalhadores nas obras. "Na década de 80, se você anunciasse uma vaga na obra, fazia fila", afirma Rubens Menin, presidente da MRV. "Hoje, precisamos investir em capacitação e participação nos lucros para reter os profissionais".

O efeito direto dessa falta de mão de obra se vê nos salários: o piso do setor varia entre as cidades, mas um ajudante ganha, em média, R$ 770. Um mestre de obras ganha mais de R$ 4 mil, chegando a quase R$ 10 mil no mês do pagamento da participação nos lucros.

Fonte: Valor OnLine

Falta de profissional eleva salário de engenheiro

A carência de mão de obra especializada nas construções civil e pesada, por conta do reaquecimento da economia e das obras de infraestrutura, começa a impulsionar os salários dos trabalhadores do setor.

A categoria de engenheiros foi a mais beneficiada até agora, segundo Manuel Rossitto, diretor do Sinicesp (sindicato da construção pesada de SP, "Dos últimos cinco anos para cá houve alta de cerca de 50% acima da inflação nos salários de engenheiros. Antes, a engenharia não estava na moda."

Rossitto afirma que, no caso dos engenheiros, a solução para as empresas reterem os bons profissionais tem sido oferecer salários maiores, ao contrário dos operários, cuja falta pode ser suprida com treinamentos.

"Algumas ações pontuais de aumento na remuneração de operários têm ocorrido. Mas, nesse caso, em que a formação é menos lenta que a dos engenheiros, é possível investir em cursos de capacitação para aumentar a base", diz Rossitto.
Murilo Pinheiro, presidente do Seesp (sindicato de engenheiros), afirma que as homologações de demissões registradas no sindicato recentemente correspondem, em grande parte, a troca de emprego, para oportunidades melhores.

Haruo Ichikawa, vice-presidente do SindusCon-SP (da construção civil), afirma que as negociações na convenção coletiva sobre a elevação dos salários de operários devem ser mais agitadas neste ano, já que os trabalhadores têm agora maior poder de barganha. O piso de um trabalhador qualificado, como carpinteiro e pedreiro, está em R$ 917,40.

Fonte: Folha de São Paulo - Maria Cristina Frias