O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) do
Pará pediu ao Ministério Público do Estado que suspenda a licitação que prevê a
utilização do lixão do Aurá.
O engenheiro civil, sanitarista e professor da
Universidade Federal do Pará, Luiz Otávio Mota Pereira, explicou que “o novo
projeto não possui licenciamento ambiental e que o local é operado sem técnicas
sanitárias e ambientais, contaminando o solo com chorume e atingindo o lençol subterrâneo”.
Dessa maneira, segundo Mota Pereira, “o Rio Guamá, principal manancial da
região, está ameaçado, pois são cerca de
2 mil toneladas de lixo depositadas diariamente a céu aberto”.
A licitação, marcada para o próximo dia 19 de setembro,
prevê uma obra de R$ 800 milhões e a extensão por mais 25 anos de uso do lixão,
elevando a cota atual de 20 metros para 30 metros de altura.
De acordo com os profissionais do CREA isso não
será possível: “estão querendo prolongar um dos maiores crimes ambientais do
Brasil”.
Localizado a 19 quilômetros da capital, o Aurá é maior
lixão do norte do Brasil. Em 1998, uma tese de doutorado constatou que o
chorume fluía para as lagoas localizadas no sul da área, atingindo
principalmente os igarapés Santana do Aurá, Jarucá e Santo Antônio.
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