segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Lixão Ameaça Lençol Freático.


O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) do Pará pediu ao Ministério Público do Estado que suspenda a licitação que prevê a utilização do lixão do Aurá.
O engenheiro civil, sanitarista e professor da Universidade Federal do Pará, Luiz Otávio Mota Pereira, explicou que “o novo projeto não possui licenciamento ambiental e que o local é operado sem técnicas sanitárias e ambientais, contaminando o solo com chorume e atingindo o lençol subterrâneo”. Dessa maneira, segundo Mota Pereira, “o Rio Guamá, principal manancial da região,  está ameaçado, pois são cerca de 2 mil toneladas de lixo depositadas diariamente a céu aberto”.
A licitação, marcada para o próximo dia 19 de setembro, prevê uma obra de R$ 800 milhões e a extensão por mais 25 anos de uso do lixão, elevando a cota atual de 20 metros para 30 metros de altura.
De acordo com os profissionais do CREA isso não será possível: “estão querendo prolongar um dos maiores crimes ambientais do Brasil”.
Localizado a 19 quilômetros da capital, o Aurá é maior lixão do norte do Brasil. Em 1998, uma tese de doutorado constatou que o chorume fluía para as lagoas localizadas no sul da área, atingindo principalmente os igarapés Santana do Aurá, Jarucá e Santo Antônio. 

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